sexta-feira, maio 06, 2011

SEJA IMPREVISÍVEL COMO JESUS


Jesus era universalmente conhecido por não fazer e por não dizer o que se esperava dele, e penso que essa imprevisibilidade era de fato a marca mais contundente da sua postura pública.

E essa aparente contradição, está em que esta sua característica em particular é a que os cristãos menos tem se preocupado em incorporar ao longo do tempo.
Não há catecismo ou Escola Dominical que nos ensine a sermos desbocados, independentes, provocadores e desarmantes como Jesus!!!.

Pelo contrário, os que se afirmam e se crêem cristãos nos nossos dias levam a marca quase universal de vaquinhas de presépio, estatizados pela instituição, inofensivos, dóceis e obtusos. Tudo que aparentemente temos a oferecer são respostas prontas, gestos decorados e a mais chata e pedante das posturas. Somos um bando de ovelhinhas dentro de uma arena: um grupo de palermas em sua maioria, e não os revolucionários que nossa vocação exigiria de nós.

E não é como se Jesus não tivesse deixado claro que esperava a mesma postura indomável e independente dos seus seguidores; pois deixou. Ele convidou os discípulos, em palavras e incessante exemplo, a que fossem “inocentes como pombas e astutos como as serpentes”. Infelizmente, aconteceu de cristãos de todas as épocas acreditarem que as duas coisas são incompatíveis.

Alguns de nós, tenho de reconhecer, são inocentes como pombas, embora prefiramos em geral ser hehehe burros como asnos redundância isso mas deixa pra lá!,mesquinhos como sanguessugas, agora alerta como serpentes HAHAHA!.

Isso porque a postura de contradição que Jesus aparentemente exibia não era gratuita . Ele não contradizia por contradizer; não era do contra como um adolescente. Suas respostas tinham fundamento e método.

Mas exigia ser astuto como uma serpente, e em determinado momento ele passou a exigir o mesmo dos seus discípulos. Não basta que a sua integridade exceda a dos fariseus, ele foi deixando claro; vocês tem também de ser mais espertos do que eles. 
Para ser imprevisível é preciso ser esperto; para enxergar a armadilha sendo montada é preciso tarimba; para evitá-la é preciso jogo de cintura; para desarmar o seu adversário publicamente, tem de ser sarcástico e ter um Humor refinado (assista Seinfield!); para desmascarar o seu adversário diante dele mesmo, uma compassiva mas implacável inteligência verbal.

Pureza de coração da pomba e sagacidade de espírito da serpente , não são coisas que se veja em cristãos por ai ! infelizmente são moscas brancas no discipulado de Jesus, mas eram o mínimo que esperava o rabi de um seguidor seu. Basta ao discípulo ser como o seu mestre.

Se nós queremos ser como Jesus, temos de ser mais espertos. Não basta sair pelo mundo e desejar um Deus te abençõe no colo de cada um, abraços etc.....

É preciso ser implacável. Você tem de ser incômodo para todos, mas hoje queremos ser respeitados, idolatrados!!Jesus jamais escreveria o livro do Dale Carnegie "Como influenciar pessoas e fazer amigos"!!!Queremos nunca ter inimigos!, nos sentimos mal ao saber que alguém não gosta de nosso jeito!!!Logo nos conformamos para entrar na tribo mesmo contrariados!!.

Temos de abrir mão de respostas prontas. Não pode mais ver a injustiça e ficar calados. Temos de pressentir a armadilha e desarmá-la. Temos de salvar o oprimido e ainda deixar o opressor numa posição publicamente e pessoalmente destruída.

Temos de cobrir de aceitação os párias e leprosos deste mundo e encher os certinhos de dúvidas.

Temos de ser inocentes como as pombas e astutos como as serpentes.



segunda-feira, maio 02, 2011

DESCRER PRA CRER!!!!



Não acredito na possibilidade de se tornar um discípulo de JESUS, na radicalidade que este discipulado significa sem ter uma consciencia clara do que seria viver neste mundo uma existência baseada na descrença da existencia de Deus!!!.

Ou seja até que sejamos capazes de abandonar, as ilusões de uma vida neste plano de coisas.Enquanto não conseguimos deixar estas ilusões jamais entenderemos a graça e a justificação pela fé, continuaremos vivendo uma devoção artificial, uma coreografia de aflitos eclesiásticos, levantando os braços, e cantando aflitivamente domingo após domingo, vivendo uma religiosidade legalista, determinista sem a minima liberdade.